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As exportações brasileiras de café somaram 2,963 milhões de sacas de 60 kg em maio de 2025, queda de 33,3% em relação ao mesmo mês do ano ado. Apesar disso, a receita cambial cresceu 21,1%, alcançando US$ 1,243 bilhão, segundo dados do Cecafé.
No acumulado do ano civil, entre janeiro e maio, o país exportou 16,79 milhões de sacas — retração de 19,2%. Mesmo assim, a receita subiu 44,3% no período, atingindo US$ 6,483 bilhões, o maior valor da série histórica para os cinco primeiros meses do ano.
De acordo com o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, a redução no volume embarcado se deve à menor disponibilidade de arábica, cuja colheita começou apenas em junho, e à perda de competitividade do conilon frente a origens como Vietnã e Indonésia. Já o crescimento da receita reflete os preços elevados no mercado internacional, impulsionados por cinco safras consecutivas afetadas por extremos climáticos.
Entre os principais destinos do café brasileiro em 2025 estão os Estados Unidos (2,87 milhões de sacas), Alemanha (2,11 milhões), Itália (1,37 milhão), Japão (1,08 milhão) e Bélgica (809 mil). O Porto de Santos lidera as exportações, com 80,8% do total.
Os cafés diferenciados, com certificados de sustentabilidade ou qualidade superior, representaram 22,1% dos embarques, com 3,7 milhões de sacas e receita de US$ 1,63 bilhão — aumento de 70,5% no faturamento em relação ao ano anterior.
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